sexta-feira, 24 de outubro de 2008

"tempo... esse véu decoroso de horas"

Vou deixando ficar muita coisa nas margens do meu tempo. Tanta coisa: conversas e mensagens com amigos, que ficam a vagear na eternidade do meu pensamento; a visita a minha afilhada mais nova tantas vezes adiada; o tal café prometido que se vai desfazendo nas borras de um futuro que não tem presente. O gosto da pintura traduz-se numa tela manchada, que não tem conclusão à vista; a poesia fica-se num sem numero de versos sem rima.
Só nosso Senhor vai conseguindo arrancar tempo do meu tempo, já que o tempo é sempre tempo dele. No livro, no qual morrem os segundos de tréguas do meu cansaço, li "o tempo, esse véu decoroso de horas" (Expiação-Ian McEwan). Afinal queridos amigos, é só o que me vai separando de vós, um véu de tempo. Tenho e-mails, mensagens, telefonemas para vos fazer; permaneço na desculpa de que me falta tempo, para rasgar o véu deste tempo.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A MEDIDA DO AMOR É AMAR SEM MEDIDA

No início do ano pastoral, esta frase de Santo Agostinho, tem a força necessária para nos por em marcha até esse amor infinito que nasce do lado aberto de Jesus.
A medida do amor, será um belíssimo guia para nós que nos preparamos para viver este ano Paulino. Santa Teresa do Menino Jesus ajuda-nos neste propósito, servindo de modelo e guia numa vocação do Amor. Desafio que cada um descubra e aprofunde a sua vocação de amar.

A linguagem do amor, que será o mesmo que dizer a linguagem do reino dos céus, é a única que pode fecundar os nossos actos, as nossas palavras, os nossos pensamentos.
Afinal, a Cruz é a expressão última desse amor, derramado por nós, para nos fazer crescer e frutificar. A cruz é esse arado que cuida da Vinha do Senhor, é a Fonte que a rega, é o Sol que a ilumina.
Fomos resgatados por alto preço, no dizer de São Paulo, pois que Deus nos conceda o seu Espírito de sabedoria e de coragem para sermos merecedores e anunciadores desse preço, que é o próprio Jesus.
Olhemos para a cruz que é nosso guia, mas não esuqeçamos também de olhar para o Senhor Ressuscitado, razão da nossa esperança, da nossa ETERNA ALEGRIA.