terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Maria...e o Mistério do seu SIM

Eu e o meu amigo pe Mario sonhamos em fazer um musical sobre Nossa Senhora.
Até lá...
"Anuncio-vos uma grande alegria...
Hoje em Belém da Judeia,
Nasceu o Messias.
Por isso é NATAL..."
Santo Natal,
Na alegria de Jesus Encarnado.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

a sociedade da (des) informação; do ocidente ou da ignorancia...

Por estes dias tivemos a graça de festejar a Conceição imaculada de Nossa Senhora. E em Portugal, quis a História e por benesse real, que seja feriado nesse dia. Mas como dia Santo que é, todo o Católico tem a obrigação grave de ir celebrar com a sua comunidade este dia.
E eu lá estive de pedra e cal na paróquia, mesmo sendo a uma segunda feira que hipoteticamente deveria ser o meu dia de descanso… e como de costume ai pelas 16h30 fui tomar o meu café, antes da missa das 18h. E contava-se no café “ai sobe-me mesmo bem este dia em casa… a propósito este dia é do quê?”
Fica-se em casa, de dia de descanso, mas não se sabe “do que é”!!!!!!!!!!
E depois ficamos admirados dos miúdos de hoje não saberem a tabuada?????????
Mas afinal, se somos um pais laico, o governo que tirou os crucifixos da escola não devia trabalhar neste dia??? E no dia de Natal, que nem é feriado?? E já agora: alguém já se lembrou de perguntar o que se celebra no Natal? Será a festa da família, do peru, ou daquele boneco estúpido que trepa varandas ou chaminés e agora já nem entrega prendas porque há lojas que fazem promoções melhores?
Resumindo: esta é a sociedade da informação?
Não será antes a sociedade da crassa ignorância; a sociedade das celebrações sem sentido, que faz festa e fica de descanso em casa, mas sem se saber a razão de tal facto!!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

aprender a ser ignorante

Ando a escrever um texto que será publicado no aniversário do Seminário de São Paulo, e ando com esta expressão ás voltas na minha cabeça: "aprender a ser ignorante".
Acho que é isto que resume estes dois meses na paróquia como pároco. E isto aprendi naquilo que a maioria das pessoas acha que é a maior perda de tempo, os sábados de manhã que passo a confessar... As lágrimas que fui aprendendo a enxugar, as feridos que vou tentando sanar... " o Senhor padre impõe-me as mãos, e fico tão aliviado" ouvi estes dias... e eu fico ali jogado na minha ignorancia, porque afinal é Deus que faz, é Ele que diz, é Jesus quem cura, é o Espirito que conforta...

Senhor afinal para que precisas Tu de mim... acho que começo a perceber a voz dos santos padres "é na confissão que se aprende a ser padre". Realmente ai, estou a aprender que nada sei de nada: na escola da confissão, ando a aprender a ser ignorante!

Imagem: REMBRANDT: Regresso filho pródigo, água-forte, Nova York, Pierpont Morgan Library

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Abra-se o Céu: e chova-nos o Justo

Em cada Natal é impossível não me lembrar do "longínquo" Nascimento do Senhor do ano 2000. Nesse ano andava eu pelas terras de Moçambique, e dei por mim a sentir falta do frio de natal, imagine-se! Mas o Natal africano não tem nada de frio, pelo contrário, é muito quente.
O que não senti falta, foi das correrias comerciais europeias, e até dei graças a Deus, não ter que passar pelo “sufoco dos presentes”. Na verdade, sempre tinha detestado ter de comprar “para oferecer, porque senão parece mal”.
Nesse natal descobri, que afinal eu não comprava nada para Aquele que fazia anos: Nosso Senhor Jesus Cristo, e que afinal a Ele nunca lhe tinha parecido mal eu me ter esquecido d’Ele 23 anos seguidos. Nunca se importou com a minha indiferença e nasceu para mim, ano após ano!
Foi preciso ir a África para descobrir o que era o Natal!
Quando voltei um ano depois, continuei a ignorar as prendas de Natal, acho que de facto a algumas pessoas lhe pareceu mal darem-me presentes e eu retribuir com um cartão. Mas nesse cartão escrevi e ainda esboço um desejo que brota do mais íntimo do meu coração:
“Que neste Natal, deixes Jesus nascer nas palhinhas do teu coração, e assim em ti, Ele encontre o abrigo, que em cada Natal muitos lhe recusam”.
Santo Advento,
Na alegria deste Menino que nasce, de novo, para nós.

sábado, 1 de novembro de 2008

NO MARULHAR DAS FOLHAS DE OUTONO



Começa a sentir-se uma certa agitação no ar, por-que o Menino vem a caminho, e o nosso coração inquieta-se para o receber.
No rescaldo de uma peregrinação, em que visitá-mos um lugar que teve a graça de receber a Mãe da verdadeira Graça, devemos continuar em pere-grinação. Não devemos e não podemos perder a consciência, que somos, sempre, Povo a Caminho.
Deixamos para trás este mês que consagrámos especialmente a Maria, mas saudamos o mês de todos os santos, o mês em que dedicamos particular atenção àqueles que terminaram a sua peregrina-ção na terra. E surpreendentemente volvemos de novo os nossos olhos até Maria, pois é Ela a Rainha dos Santos. É ela que na sua solicitude de Mãe, nos faz lembrar (como em Fátima) daqueles que, já não peregrinando connosco na terra, precisam da nossa oração para entrarem no Céu.
Entra o mês que nos traz o pleno Outono. Sopra o vento, e as folhas sobre a chuva imitam as expedições marítimas das descobertas. Há que partir também cada um de si, para os braços deste Jesus, Senhor e Rei das nossas vidas. O desafio é não se perder no rebuliço que em breve vai inundar os nossos olhos, e descentrarmo-nos do mais importante.
Estamos a caminhar para a vinda d’Ele, mas não podemos esquecer que esta preparação é feita numa gruta de animais. Não nos deixe-mos entorpecer, pelo marulhar das folhas de Outono, e trocar a humilde gruta por um pomposo palácio comercial, mas onde apesar das luzes de natal, não nasce Aquele que se faz Natal.
Voltemos à chuva de Novembro, que nos lave do que não queremos. Que as folhas de Outono nos ensinem a deixar cair o que não é essencial na nossa vida. A santa Maria e aos santos de Deus, entregamos este tempo de preparação, que se quer de santidade para receber o Santo de Deus.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

"tempo... esse véu decoroso de horas"

Vou deixando ficar muita coisa nas margens do meu tempo. Tanta coisa: conversas e mensagens com amigos, que ficam a vagear na eternidade do meu pensamento; a visita a minha afilhada mais nova tantas vezes adiada; o tal café prometido que se vai desfazendo nas borras de um futuro que não tem presente. O gosto da pintura traduz-se numa tela manchada, que não tem conclusão à vista; a poesia fica-se num sem numero de versos sem rima.
Só nosso Senhor vai conseguindo arrancar tempo do meu tempo, já que o tempo é sempre tempo dele. No livro, no qual morrem os segundos de tréguas do meu cansaço, li "o tempo, esse véu decoroso de horas" (Expiação-Ian McEwan). Afinal queridos amigos, é só o que me vai separando de vós, um véu de tempo. Tenho e-mails, mensagens, telefonemas para vos fazer; permaneço na desculpa de que me falta tempo, para rasgar o véu deste tempo.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A MEDIDA DO AMOR É AMAR SEM MEDIDA

No início do ano pastoral, esta frase de Santo Agostinho, tem a força necessária para nos por em marcha até esse amor infinito que nasce do lado aberto de Jesus.
A medida do amor, será um belíssimo guia para nós que nos preparamos para viver este ano Paulino. Santa Teresa do Menino Jesus ajuda-nos neste propósito, servindo de modelo e guia numa vocação do Amor. Desafio que cada um descubra e aprofunde a sua vocação de amar.

A linguagem do amor, que será o mesmo que dizer a linguagem do reino dos céus, é a única que pode fecundar os nossos actos, as nossas palavras, os nossos pensamentos.
Afinal, a Cruz é a expressão última desse amor, derramado por nós, para nos fazer crescer e frutificar. A cruz é esse arado que cuida da Vinha do Senhor, é a Fonte que a rega, é o Sol que a ilumina.
Fomos resgatados por alto preço, no dizer de São Paulo, pois que Deus nos conceda o seu Espírito de sabedoria e de coragem para sermos merecedores e anunciadores desse preço, que é o próprio Jesus.
Olhemos para a cruz que é nosso guia, mas não esuqeçamos também de olhar para o Senhor Ressuscitado, razão da nossa esperança, da nossa ETERNA ALEGRIA.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

ser pároco

Desde ontem que me juntei a uma multidão de padres por esse mundo fora, que tem a seu cuidado um povo específico. Uma porção de povo, dentro da própria porção da Igreja Local, que é uma Diocese.
A mim cabe-me cuidar e velar, por essa multidão, que habita na paróquia de Nª Sr.ª da Graça de Corroios. Uma Paróquia jovem, com duas comunidades, uma em Corroios e uma em Santa Marta. Duas faces de uma mesma moeda, que se completam, que se unem neste amor ao Senhor.
Dou por mim a pensar, no que poderá um jovem padre oferecer a uma paróquia deste tamanho, com a história que a constrói, nada. Certamente nada. E é nessa medida, que me coloco nas mãos de Deus, para que Ele faça tudo, e de tudo o que Corroios precisa.
Começo a perceber cada vez melhor as palavras de São João: "é preciso que cresça, e eu diminua (Jo3,30)".

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

voltar...continuar...

Ouvi estes dias, tantas e tantas vezes que tinha de actualizar este meu blog. Eu bem que tentei, mas o tempo é algo que não abunda na minha vida...
Há sempre tempo, comente-se, porventura é verdade.
Nestas férias, fiz muito, e quase não fiz nada. Mas como disse uma professora minha um dia "e o que é que isso interessa". O bom foi que estive com muitos amigos, dou graças a Deus por isso, pessoas algumas delas que não via há muito... fez-me bem, muito bem.
E o mais importante de tudo, foi que eram as primeiras férias como padre, afinal, tudo mudou...

E agora, estou a mudar de vida outra vez. Mudar de casa, de terra. Vou ser pároco de Corroios, terra que me ajudará a aprender a ser de Cristo.
E queridos amigos, vou tentar ser constante nas noticias que por aqui vos vou dando, pois como me dissestes: "ao menos que seja pelo blog que sabemos de ti". Pois que se faça a vossa vontade, pelo menos neste ponto.

então até já...

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Católicos: bem vindos a nossa casa.

Somos isto nem mais nem menos... Continuamos a mesma missão há dois mil anos, umas vezes melhor que outras, porque afinal somos homens e mulheres e erramos. Contudo o desejo é sempre o mesmo: anunciar a verdade: O Reino de Deus chegou - é Jesus Cristo Filho de Deus, que Encarnou, Morreu e Ressuscitou porque TE AMA, loucamente.

sábado, 19 de julho de 2008

sinais...

Segundo o costume, também fiz uma pagela para distribuir, nas principais missas que celebamos.
Nessa pagela vão, o lema presbiteral, as armas... e esta imagem:É a reprodução de um dos quadros da Casa do Gaiato de Setúbal, da autoria de Sousa Araujo. Sempre o achei com um forte sentido catequético, e uma excelente sintese do Mistério da Salvação, como aliás se intitula.
E como "uma imagem vale mais que mil palavras", por aqui me fico... centemplem, e deixem-se interpelar...

quarta-feira, 16 de julho de 2008

sinais

Queridos amigos, partilho convosco vários sinais, que para mim são muito significativos, e que são convites a uma busca do seu sentido mais profundo...
Para já, aqui vão dois:
O meu lema sacerdotal:
"COMO OLIVEIRA VERDEJANTE NA CASA DE DEUS" (Sl 52,10)
As Armas de fé:
As armas são da autoria do Arq. João Almeida.

sábado, 12 de julho de 2008

Ordenação...Primeira Missa

O tempo voa, e com estas gotas de tempo que me escapam entre os dedos, secam os meus constantes desejos de escrever algo no blog.
Mas os acontecimentos esses sucedem-se uns atrás dos outros, quase nem me dando tempo para os degerir...
Esta semana, então, tem sido rica muito rica em coisas novas...
Já quase passou uma semana que fui ordenado, e ainda não sei o que me aconteceu... Ás tantas nem dá para acreditar que sou Padre, Santo Deus.
Mas é a verdade, e as fotografias ajudam a esclarecer, o que ao meu espirito surge ainda tão confuso...
Já foi também a primeira Missa e os nervos que isso comporta... Foi dificil perceber que agora era eu quem estava ali daquele lado... Não era só o mestre de cerimonias, mas era eu quem era dirigido, quem ouvia indicações... quem celebrava...
Foi estranho e profundamente maravilhoso, saber que o corpo de Cristo era consagrado pelas minhas mãos... Pela imposição das minhas mãos actuava o Espirito de Deus... convertendo aquele pão e aquele vinho em verdadeiro e real corpo e sangue de Cristo. Foi nesse momento em que me ajoelhei perante as Sagradas Especies, que percebi que Deus faz verdadeiramente maravilhas, das misérias da humanidade...
Depois de Fátima, foi voltar à diocese...
Hoje dia de São Bento, não podia ter sido mais apropriado, ter ido celebrar ao Mosteiro das Monjas de Belém... lembrei-me de Leyre, e da comunidade Beneditina onde fizemos retiro... tenho saudades daqueles campos, do canto, da paz e do sossego daqueles dias...
Amanhã, Missa Nova no Santuário de Nossa Senhora da Atalaia... uma prova de fogo, para a qual conto com o teu incondicional apoio Senhor... e de vós meus queridos amigos... sei que estais aqui.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Escola da fé...

Santo Deus, tanta coisa a acontecer, tanta coisa a partilhar e o tempo para escrever é tão pouco...
Mas com calma vamos lá... Acabei a algum tempo as minhas aulas da Escola da Fé na Vigararia do Barreiro-Moita, e mais uma vez Deus fez maravilhas na minha vida, pois como aquelas pessoas se enfiaram cá dentro do meu coração, é que eu não sei... No último dia vinha com o coração cheio de alegria pela amizade construida, mas chorando porque havia um adeus, a dizer... Na bagagem vinha oferecido um texto que reza assim:

Mar, profundo, que o transporta e o afaga em paisagem por Ele criada...
Amor, vontade desenhada no silencio da oração e por Ele transformada...
Destinos, rumos, horizontes infindos, peregrinos em missão encontrada...
Esperança, caminho Verdade e Vida com Cristo revelada...
Ideais, sonhos esculpidos em pedra cinzelada...
Rota, que se dissipa e dissolve em liberdade alcançada...
Alegria, Amor de deus, Amor Redenão, com jesus justificada...

Madeira, ilha de origem,
Que se funde em azul de céu e de mar
E que ao mundo fez conhecer vocação abençoada.

Obrigado Fátima. Obrigado queridos ex-alunos. Rezo por vós.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

O Nascimento de um Alemão e de um Japones

Como será dar à luz um alemão?

E agora, o que fará um japones, assim que nasce? Ora é Lógico:

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Prémio Melhor Letra

Ganhamos prémio melhor Letra na Mostra de Bandas católicas da Diocese de Setúbal.
E o poema foi este, que dedico ao meu querido amigo João, que me atazou o juizo para o escrever:

TESTEMUNHAS

No silencio da Fé,
No canto eterno da maré,
Sinto-Te chamar.

No amargo do sal,
Na luz de um velho castiçal,
Vens-me convidar.

Vem até Mim,
Vem sai de ti.
Vem, vai(-te) conquistar.

Vem, até Mim,
Vem sai de ti.
Vai(-me) testemunhar.

Sem medo de cair,
Mapa ou guia para seguir,
Só a Ti há p’ra levar.

Pés em trilho fiel,
Com palavras de mel,
Vou-te anunciar.

Vem para aqui,
Descansa em mim,
Vou-te conquistar.

Vem para aqui,
Descansa em mim,
Vou-te comigo levar.

Sem tempo, espaço ou história,
Para dar ou p’ra receber
Sem mãos para fazer ou memória,
Por onde possa escrever.

Sem passos, ou traços de bordão,
De outro à frente, percorridos
Sem pauta, ou cordas de refrão,
Onde guie meus ouvidos.


Casimiro Henriques
25 de Abril, 2008Festa
de S. Marcos

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Já era e vai ser...

Celebramos um ano de vida deste blog, no passado dia 11 de Maio. devemos estar a precisar de renovar isto tudo. Escrevemos 74 post's, e tivemos 6786 visitas de 50 paises, pelo que a maior parte deles não percebeu nada do que aqui escrevemos...
No sábado passado, dia 24 assisti ao primeiro casamento. Ora aqui esta outra experiência bonita do meu ministério diaconal. de manhã a Ana e o Rui e de tarde a Marta e o Marco. Ficarão para sempre no meu coração. Rezo por vós, para que na vossa vida diária saibam viver as promessas matrimoniais.
Ontem dia 27 de Maio o nosso Bispo de Setúbal, celebrou o dom da vida. Mais uma vez louvo o Senhor, pelo grande homem que colocou à frente do Povo de Deus de Setúbal. Muitas das vezes não percebemos as suas opções e decisões, mas no fim percebemos que estava certo. É o que dá ser guiado pelo Espirito Santo. Parabéns D. Gilberto, que Deus o proteja, Jesus o guie e o Espirito o inspire, como até aqui.
No próximo sábado dia 31 de Maio, pelas 20h30, no Forum Luisa Todi em Setúbal, realiza-se a Mostra de Bandas Católicas da Diocese de Setúbal. São 11, as Bandas participantes, entre elas a MELAKHIM, que nos seus membros conta com alguns seminas. Ora aqui está uma prova de como os seminaristas não são pessoas desencarnadas da vida diocesana e que até são pessoas sociáveis... Para mais informações visitem a página do Secretariado da Juvetude da Diocese de Setúbal.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

HERMANOTEU - Na Terra de Godah

Afinal, ainda há muito para esclarecer acerca dessa saida do Egipto...

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Cirque du Soleil - Quidam

Fui ao Circo.
Mas que serão tão banal! Mas não foi!
Quidam, é um verdadeiro prazer para os sentidos, e para todos aqueles que apreciam a harminia e beleza, da cor, da sensualidade e de tudo aquilo que me é possivel captar...
Só tive pena, foi de não ver tudo, pois os próprios espectáculos são diferentes de apresentação para apresentação.
O meu amigo Mário, também foi... e lá teve a sua PRIMEIRA experiencia de Circo... Só isso, valeu a pena, porque mesmo na plateia fizemos a festa. primeiro com a menina que passou o tempo todo a expirrar para cima dele! Depois a imaginar um de nós, a fazer de artistas das cordas, ou a deslizar pelo pano, como aqui a menina da foto...
Entretanto surgiu um nome espectáculo "Quidam - em comédia", há voluntários para patrocinar a ideia? Fazemos o espectáculo todo... o inconveniente é que será sessão única...

sábado, 10 de maio de 2008

Peregrinar

Por estes dias, centenas de pessoas, põem-se a caminho, buscando um destino que as façam sentir-se melhor.
Admiro-as a todas, mas especialmente aqueles que se colocam a caminho, não para agradecer nada, mas simplesmente porque louvam a Deus, que pelas mãos de Maria, lhes concede ãnimo numa caminha maior e mais dificil que é a própria vida.
Tenho saudades, de caminhar, de ir... Para o ano, o desejo é continuar os caminhos de Santiago (já foram dois), cujo desejo foi reavivado ao saber agora, da peregrinação dos jovens de Pedrogão ao túmulo do Apóstolo.
A peregrinação, desde cedo no coração da espiritualidade católica, tem um sentido profundo de encontro com o Pai... Queira Deus, que todos aqueles que estes dias se põe a caminho o façam por esse motivo... E tu, que estás a caminho, põe os teus passos nas pegadas de Jesus, para que te mova não a promessa, não o dever de cumprir um pedido, mas apenas porque em cada passo estás um pouco mais perto do Céu.

terça-feira, 6 de maio de 2008

O Primeiro Baptismo...

Nosso Senhor, é mesmo imprevisivel, e quando tudo parece desabar, vem sempre com alguma surpresa, como que dizendo "estou aqui a sofrer contigo, deixa que te alivie e carregue agora a tua cruz".
Estas semanas não têm sido fáceis, mas mesmo assim, não acho que me deva queixar, porque tanta coisa boa corre-me entre os dias, que não devo dar demasiada importancia aquilo que não é como eu desejava.
E eis que no meio dos espinhos, Deus resolveu dar um grande sorriso a este seu servo e ofereceu-me o meu primeiro Baptismo... uma menina de seu nome Matilde. Fiquei muito feliz, como é natural, mas foi particularmente significativo, porque uma das minhas avós tinha o mesmo nome e isso emocionou-me.
Não sei como descrever, mas derramar a água e dizer as mesmas palavras ditas por Jesus, é algo que nunca irei esquecer. E a propósito, ouviamos este mesmo Evangelho neste Domingo da Ascenção, onde o próprio Jesus entregava esta missão aos Apóstolos.
A dias da ordenação presbiteral, vou descobrindo a cada instante as marabilhas que Ele vai realizando em mim, e percebendo quão ainda me falta que caminhar...
Vigiai e orai... o nosso Deus é Bom (e BELO).
Imagem: Baptismo de Cristo, El Greco, 1614, Museu do Prado.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Em Missão...

Hoje, o dia será muito diferente...
Recebi um telefonema bem cedo a dizer "telefonei para me despedir"...
O meu coração, ficou logo preso à saudade, tantas vezes sentida e sempre calada, para que as lágrimas não saibam a sal...
A voz continuou "já sabia que não me ias ligar, por isso mais valia ligar eu", e assim seria, porque nos afazeres do dia a dia, temos prazos para cumprir, e o mais importante fica tantas vezes camuflado, sob o pó do urgente.
Entre gargalhadas, despedi-me da mana Sara, que lá foi para uma missão, numa terra, nesse Brasil agora tão distante.
Nas asas do sonho, que se faz presente, a missão faz-se de novo vida...
Vais gostar Sara, porque é o Senhor quem se faz Missão em e por ti...
E sabe bem ouvir dizer: NÃO ESTOU CONTIGO, ESTOU EM TI!

sábado, 26 de abril de 2008

Só a mim...

Tenho andado com esta expressão na cabeça... só a mim... e tudo isto porquê?
No outro dia estava com uns amigos meus, a falar com um amigo desses meus amigos. No meio da conversa, esse tal disse: "ah, ele fez-me isso porque foi a mim... só a mim..."
Reparei então, que afinal estamos cheios de pequenos patrimónios da natureza, porque já notaram a quantidade de gente especial, ás quais se fazem coisas, só a elas?
Comecei então a tomar atenção a este paradigma, e perdi a conta, as vezes que ouvi a bendita expressão, das duas uma:
1- Só fazemos coisas a pessoas especiais, e ai só fazemos coisas a TI, havendo que edificar milhões de estátuas;
2- Há muita gente que está encerrada no seu umbigo, e pensam que são os reis da cocada preta;
Isto é ignorancia, narcisismo ou é mesmo de gente parva?
Fonte da Imagem: www.pensologoescrevo.globolog.com.br

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Geração do ecrã

Subscrevo:
«Desculpem se trago hoje à baila a história da professora agredida pela aluna, numa escola do Porto, um caso de que já toda a gente falou, mas estive longe da civilização por uns dias e, diante de tudo o que agora vi e ouvi (sim, também vi o vídeo), palavra que a única coisa que acho verdadeiramente espantosa é o espanto das pessoas.Só quem não tem entrado numa escola nestes últimos anos, só quem não contacta com gente desta idade, só quem não anda nas ruas nem nos transportes públicos, só quem nunca viu os 'Morangos com açúcar', só quem tem andado completamente cego (e surdo) de todo é que pode ter ficado surpreendido.
Se isto fosse o caso isolado de uma aluna que tivesse ultrapassado todos os limites e agredido uma professora pelo mais fútil dos motivos - bem estaríamos nós! Haveria um culpado, haveria um castigo, e o caso arrumava-se.
Mas casos destes existem pelas escolas do país inteiro. (Só mesmo a sr.ª ministra - que não entra numa escola sem avisar - é que tem coragem de afirmar que não existe violência nas escolas).Este caso só é mais importante do que outros porque apareceu em vídeo, e foi levado à televisão, e agora sim, agora sabemos finalmente que a violência existe!O pior é que isto não tem apenas a ver com uma aluna, ou com uma professora, ou com uma escola, ou com um estrato social.Isto tem a ver com qualquer coisa de muito mais profundo e muito mais assustador.Isto tem a ver com a espécie de geração que estamos a criar.
Há anos que as nossas crianças não são educadas por pessoas. Há anos que as nossas crianças são educadas por ecrãs.E o vidro não cria empatia. A empatia só se cria se, diante dos nossos olhos, tivermos outros olhos, se tivermos um rosto humano.E por isso as nossas crianças crescem sem emoções, crescem frias por dentro, sem um olhar para os outros que as rodeiam.
Durante anos, foram criadas na ilusão de que tudo lhes era permitido.Durante anos, foram criadas na ilusão de que a vida era uma longa avenida de prazer, sem regras, sem leis, e que nada, absolutamente nada, dava trabalho.E durante anos os pais e os professores foram deixando que isto acontecesse.
A aluna que agrediu esta professora (e onde estavam as auxiliares-não-sei-de-quê, que dantes se chamavam contínuas, que não deram por aquela barulheira e nem sequer se lembraram de abrir a porta da sala para ver o que se passava?) é a mesma que empurra um velho no autocarro, ou o insulta com palavrões de carroceiro (que me perdoem os carroceiros), ou espeta um gelado na cara de uma (outra) professora, e muitas outras coisas igualmente verdadeiras que se passam todos os dias.
A escola, hoje, serve para tudo menos para estudar.A casa, hoje, serve para tudo menos para dar (as mínimas) noções de comportamento.E eles vão continuando a viver, desumanizados, diante de um ecrã.E nós deixamos.»

Alice Vieira, Escritora
Fonte da imagem: RTP

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Semana de Oração pelas Vocações

Esta semana, rezemos especialmente pelas vocações... todas e cada uma.
A propósito disto fui entrevistado... para o programa Lusofonias.

sábado, 5 de abril de 2008

Drave...

Podias ir connosco a Drave.
Acabei por me deixar conquistar e lá fui acampar com o Clã do 415.
Convenci-me que se estamos ao serviço do Povo de Deus, temos de fazer estes pequenos sacrificios, pois é para eles que somos seus ministros... Pelo caminho, repetia vezes sem conta "onde me fui eu meter"...
Por fim, e depois de umas quantas vezes perdidos pelas serras lá encontramos a "terra prometida": Drave.
Ao chegar, deparei-me com um espectaculo deslumbrante. Uma aldeia enterrada no meio da intercepção de vários montanhas... Simplesmente fascinante.

Depois foi toda uma aventura de acampar, a que não estou nada habituado.Mas foi excelente estar com aqueles miúdos fantásticos, que me fazem agradecer a Deus a opção de vida que tomei. Ao Senhor Diácono não faltou nada. Acabo sempre por receber muito mais do que aquilo que dou. É óbvio que também contribui para o êxito da missão. Dado o pouco talento para a armação de tendas e para a culinária, orgazinei duas fogueiras, uma para cada noite, dignas de uma verdadeira noite de S. João. Ou talvez nem tanto...
Na memória, ficam os precalços da carrinha, da chuva e da queda de granizo... No coração, os dias que o 415 me proporcionou, e que por mais que tente não conseguirei retribuir.

Só tenho de agradecer a Deus, o tanto que Ele me dá e que tão pouco mereço.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Passados tres anos...

Faz hoje tres anos, que terminou a sua vida terrena, esse grande homem que foi karol Wojttyla. Quis o Espirito Santo, que este homem fosse o Papa da Igreja Católica e assim nasceu João Paulo II, a 16 de Outubro de 1978, sucedendo a João Paulo I, o Papa do sorriso. Por ventura, foi dele que herdou essa ternura, sorriso e acolhimento, que se tornaram "a sua imagem de marca".
Foi um homem. Apenas um homem. Mas um grande homem, que com as suas fragilidades, soube sempre estar atento à voz de Deus.
Hoje é venerado por milhões de pessoas, mas esquecemo-nos nós, que foi muito contestado, principalmente no principio do seu Pontificado. Soube ser rigido quando tinha de o ser... Alegre ou condescendente quando foi preciso.
Fonte da imagem: www.vatican.va

Hoje também faz tres anos, que a Igreja portuguesa teve mais um Bispo D. Carlos de Azevedo, Bispo Auxiliar de Lisboa... Louvo o senhor por isso... Tive a graça de o ter como professor e orientador da minha tese de Licenciatura, e agora o privilégio de o ter como amigo. Foi o último Bispo Portugues (e com muita probabilidade do Mundo) ordenado no Pontificado de João Paulo II...

Deus tem destas coisas... louvado seja Ele.

domingo, 16 de março de 2008

Semana Santa...

Começou hoje...
E acaba no próximo Domingo...
Avizinham-se muitas cerimónias... Um tempo muito bonito em que o cansaço logo me invade... A Semana Santa vivida em Seminário tem um gosto especial... São dias em que vivemos mais próximos, unidos à volta da Paixão, daquele que é o nosso Mestre, Modelo e Guia.
Para mim, será talvez um pouco mais cansativo... Por vezes estas tarefas de Cerimoniário, não nos deixa saborear plenamente, o âmago da Celebração. Mas no fundo, é isto o SERVIÇO. E que modo bonito de realizar o Ministério do Serviço: ajudando os fiéis a viver belamente as cerimonias pascais, e assim, por eles... viver também... ansiando pela Ressurreição do Senhor, que me trará calma e tranquilidade.
Mas lá estarão os seminas... A darem ao litro, em tarefas "non stop", para que tudo corra o melhor possivel... Nestes momentos, rezo por eles, para que o senhor lhes restabeleça as forças, para o resto deste ano... Se o Seminário tem momentos de eterna beleza, também os tem de provação, e quantas Senhor meu...
Santa Páscoa...
Rezai pela Igreja... (por mim).

quinta-feira, 13 de março de 2008

Uma Escapadela...

No final deste fim de semana, quando toda a gente voltava ao trabalho, tive a graça de poder fugir...
Na labuta do dia a dia, tenho tido pouco tempo para estar tranquilo... Por vezes, sinto saudades de não ter nada que fazer, e há que deixar o trabalho descansar, na certeza de que ele, não morre, se esperar...
E para descansar, há que sair dos circuitos semanais, porque senão, cedo á tentação, e morre o descanso...
A carga de trabalho na secretaria, veio algumas vezes ao pensamento, mas quis tentar esquecer...
Como destino... Lugares lindos do nosso Portugal, há tanto que ver, admirar descobrir...
Uma valente molha... em nome de umas imagens que quero guadar, não vá a memória se esquecer...
Chuva... e mais chuva...
ah... pela viagem parti um dente, por isso, temos necessariamente de ir ao dentista, uma pequena pausa nesta "espécie de retiro"...
Nunca sei o que responder, quando me perguntam a profissão... Situação semelhante, vivida aquando da compra do fato para a Ordenação, quando os benditos dos vendedores querem impingir a bela da camisa, da gravata, do laço ou do lenço...
Depois é um desfiar de rosário que nunca mais acaba...
De volta ás passeatas...
Fico maravilhado com as coisas simples... a beleza dos nossos jardins do Minho, é inagualável...
Mosteiro de Tibães, um lugar lindo.
Tenho de fazer uma estadia mais prolongada por aqui...
Quando, não sei!
Na volta, os afazeres continuam, teimando em tirar-me tempo... So vejo coisas a chamar por mim...
Ficam os trabalhos dos catequistas, ainda desta vez por corrigir...
Acabei a aula de Doutrina Social da Igreja.
Agora há que preparar milimetricamente a Semana Santa...
Até já...

quinta-feira, 6 de março de 2008

Página Web Diocese Setúbal

Queridos amigos...
Convido-vos a visitar a página da Diocese de Setúbal http://www.diocese-setubal.pt

Já agora, visitem a secção de arte sacra, maravilhem-se com o património da nossa terra de Setúbal, e digam de vossa justiça o que vos parece destes artigos.
Beijos e abraços.

quarta-feira, 5 de março de 2008

A Mulher, a Vaca Leiteira e a Aída.

Ora vejam como esta miúda, por mais que chame a Aída, a Vaca não se atemoriza, mas note-se a rapidez, com que o animal do leite desaparece, com o poder do grito da dita cuja...
Já agora, quem será a Aida!?

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Ganhamos PRÉMIO BLOG

Queridos amigos, leitores e visitantes...
Acabou-se-me de me chegar aos olhos a feliz noticia de que ganhamos o PRÉMIO BLOG, e ei-lo:

Este prémio se nos foi atribuido pelo carissimo blog:
ESTE MEU CORAÇÃO
Pelo que, basta-se-me dizer, que não estava a espera... Pois não estava Cata, porque no minimo almejava-se-me pelo menos o PRIMEIRO LUGAR... Bem, mas como se me sou uma alma humilde, caridosa, e bondosa, acho que se me te vou perdoar...
E se me parece que tenho de fazer a MINHA PRÓPRIA ELEIÇÃO de sete... Per'acaso se me gosto deste numero sete...
Ora, após uma TENDENCIOSA mas não menos apuradissima eleição... aqui se me vai:
1: Tempus Currit
2: Flor de Estufa
3: Anokascris
4: InUno
5: Este Meu Coração
6: Principe da História
7: Lagostim
A todos os participantes os nossos parabéns, peço que se me choquem com alguns blog's, há dias maus para todos...Lol.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

as subtilezas do cérebro humano...

LEIAM O TEXTO ABAIXO

O nosso cérebro é diodo!
De aorcdo com uma peqsiusa
de uma uinrvesriddae ignlsea,
não ipomtra em qaul odrem
as Lteras de uma plravaa etãso,
a úncia csioa iprotmatne
é que a piremria e útmlia Lteras
etejasm no lgaur crteo.
O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol,
que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea.
Itso é poqrue nós não lmeos
cdaa Ltera isladoa,
mas a plravaa cmoo um tdoo.

Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia corretamente o que está escrito.

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45
P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4
CONS3GU3 F4Z3R CO1545
1MPR3551ON4ANT35!
R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO
35T4V4 M310 COMPL1C4DO,
M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3
V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO
QU453 4UTOM4T1C4M3NT3,
S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO?
POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O!
SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3!
P4R4BÉN5!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Perde-se um Semina. Ganha-se um Pai de Familia.

O seminário é um tempo de descernimento. Não é por se ir para o seminário, que se vai para padre, tal como quando se namora não é, à priori, para casar. O seminário, tal como o namoro, são tempos de descernimento, de conhecimento. Por isso, pode haver a qualquer altura a consciencia, de que não é bem áquilo a que Nosso Senhor nos chama.
Quando isto acontece, é inevitável que haja sofrimentos de ambas as partes. Muito.
Saiu um seminarista do meu seminário. É a quarta saida que vivi em cinco anos, se Deus quiser a última que presencio tão de perto. É algo, que nos remove interiormente, e nos levanta questões, dúvidas e certezas.
Na confiança, de que sabes o que é melhor para ti Arménio, e que de certo no teu coração Deus traça um projecto de Felicidade, tenho-te na minha oração.
Continuaremos unidos, na amizade e no amor d'Aquele nos fez conhecer.
já agora, obrigado pelo presente...
...Que um dia roubaste do meu quarto.Lol.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

à moda do Mário.

Um dia destes uma amiga minha mandou-me um mail, e no final escreveu: “este e-mail é à moda do Mário, isto é, não carece de resposta”.
Vai dai veio-me a ideia, de dedicar um post ao meu amigo Mário, que é uma das pessoas mais fantásticas que eu conheço, e que de certo, existem neste mundo.
Mas engane-se que esta prelenga, vai ser um daqueles discursos apoteóticos, nada disso, porque se assim fosse, não seria um post à moda do Mário, até o homem em questão não é nada convencional…Mas afinal o que é um mail à moda do Mário? Perguntais vós, e com razão.
É que o meu amigo, considera e muito bem, que quando nós mandamos um mail ou uma mensagem do tipo:
“Mário, amanhã podemos ir almoçar à Gulbenkian. Abraço.”
A coisa está totalmente acertada. Ora, se concluímos com um abraço, é porque encerramos a conversa e a combinação é tida como certa, caso contrário não dávamos logo o abraço, e por isso, a conversa não estava encerrada. Isto é logico, ou não?
Mas, descobri que afinal há montes de coisas à moda do Mário.
Por exemplo, quando se arruma os dossiers na última prateleira de uma estante, nada melhor do que usar uma cadeira de escritório com rodas… isso é arrumação à moda Mário. Se cair, também é normal, e se for com apoteose, pode ser que experimente uma queda à moda do Mário.
Mas lembre-se sempre com muito estilo.
Quanto a quedas, a melhor queda à moda do Mário, é a saída do banho. Experimente, vai gostar.
Quando quiser chamar a atenção, e ninguém lhe ligar nenhuma, não precisa de fazer mais sapateado, nem dançar sevilhanas. Faça assim, desligue-lhe o ecrã do computador ou de outra máquina qualquer. Se sair um fumo do ecrã, e se ouvir um ruído surdo, conseguiu, realizou uma chamada de atenção à moda do Mário.
E pronto, tem um rol imenso de modos e modelos de fazerem coisas banais, mas com estilo. Força ai, e vivam à moda do Mário.
Abraço migo.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

O Gosto e o Des-gosto

Olá...Já a algum tempo que não nos víamos... com estas coisas da ordenação, trabalhos paroquiais, etc, não sobra muito tempo... mas este tempo partilhado com os amigos sabe sempre muito bem...
Um desabafo!
Ando envolvido em alguns projectos, ligados à arte. E isso não vos surpreende, eu sei, pois para quem está ligado à área, nada mais normal do que andar enfiado até ás orelhas na matéria...
Ora mas deu-se o caso, de estar envolvido na reformulação de um espaço, e não é que o projecto foi totalmente chumbado. Verdade verdadinha.
Razões? Não agradou ao Júri.
Mas porque? Simplesmente não gostou!
Este facto levou-me durante dias e dias a uma reflexão profunda sobre o gosto, e o des-gosto.
Será que um Júri tem direito a gostar ou não gostar de alguma coisa?
Não se devia antes de tudo levar em conta os aspectos formais, estilo, função etc… daquilo que está em apreciação? Como se pode chumbar alguma coisa porque simplesmente não se gosta?
Não percebo, como algo tão subjectiva como o gosto, ou o des-gosto pode ser lei máxima de deliberação.
Agora, reflictam comigo.
Nós temos muitas igrejas barrocas não é? É.
E antes do barroco o que havia? Nada?
Antes do barroco existiu o Gótico, o Maneirismo, o Renascentista, o Românico, o Clássico, etc… Mas parece que no gosto de português iluminado ficou preso no gosto pelo neo-barroco e neo-clássico, que foi uma forma de arte muito aceite no século XIX, e que quase sufocou a Arte Nova e outros estilos.
E hoje o que se faz? Aparentemente nada, mas faz-se.
Mas então não é, que quando se quer introduzir uma pequena evolução, a malta lá quer ficar presa ao eterno neo-barroco e neo-clássico?
Foi isto que aconteceu.
Não se gostou, porque o projecto é moderno demais para o espaço em questão, que é dos estilos atrás referidos.
Agora digam-me lá: se uma igreja é feita no século XVI, se tem estruturas do século XVIII, se tem um tecto do século XX, porque não há-de poder ter elementos do século XXI, desde que na sua elaboração se tenham tido em conta todos os cuidados e mais alguns de integração?
Pronto… não se gostou.
Vai dai que eu inventei mais um estilo, chama-se o DES-GOSTO ILUMINADO PORTUGUES, que é aquele gosto característico nosso, de que afinal sabemos tudo, e como tal podemos reprovar um projecto, mesmo de que dele nada se saiba, nem se peça esclarecimentos.
Logo, como tudo sabemos, o nosso gosto é deliberativo, portanto…
O que se calhar, nem toda a gente saiba, é que o romanico quando apareceu, foi declarada uma arte muito avançada para a época... o gótico rompeu com o romanico... e o barroco estragou a vida ao gótico... em todas as épocas houve revivalismos... em cada revivalismo, os defensores acham sempre que esa forma de arte é absolutista, é o que vemos hoje.
Não digo tudo que me apetecia, por uma questão de caridade.
Beijos e Abraços.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

uma história... a minha

Falar da história de uma vocação, e nomeadamente da minha vocação, é sempre muito difícil, já que, é quase impossível citar cada momento, de que Nosso Senhor se serviu para fazer esta mesma história comigo. Por outro lado, acho que não sei distinguir com clareza esse instante, se é que ele existiu, em que, demos por decidido e clarificado o discernimento vocacional. Contudo, sabemos que foi fruto de uma caminhada longa.
Apesar de não ter memória clara disso, contam os meus pais que em criança, por vezes, quando inquirido do que queria ser quando fosse grande, eu me saia com a desconcertante resposta: “quero ser padre”. Lembro-me sim, que no meu imaginário havia um homem que eu admirava, que era por sinal sacerdote, o padre de toda a minha meninice e juventude, o Pe Manuel Gonçalves.
Durante os meus anos de catequese, e quão felizes foram eles, o Pe Manuel foi sempre presença constante, quer nas visitas às salas de catequese, nas festas e nas celebrações. Nas “Missas de crianças”, limava a linguagem e sabia ter sempre gestos de grande ternura que nos cativava. Acho que era por isso, que não raras as vezes dizia para comigo: “gostava de ser como ele”.
Tudo isto se desenhava no contexto de uma família católica, cujas raízes profundamente cristãs, ajudaram a semente, que temerariamente despontava, fosse crescendo. Os meus pais, vieram da Madeira tinha eu 5 anos, e viemos viver para o Concelho de Alcochete. Contudo pela proximidade, a vida cristã foi vivida no Santuário da Atalaia, dai que nunca tivesse relação com a comunidade eclesial alcochetana.
Pela adolescência, não fiquei imune ao afastamento da Igreja. Por essa altura descobri a vocação teatral, que se sucedeu à ideia apaixonada de ser arqueólogo. Os estudos em teatro progrediram na Companhia Gilteatro de Alcochete, subindo ao palco com diversas personagens em cerca de dez peças. Enquanto as luzes da ribalta e os aplausos me ofereciam momentos de grande alegria, no meu espírito o Senhor ia traçando outro argumento.
Aos poucos voltei á vida activa na Igreja, e fui sendo vencido por Aquele que nunca se deu por vencido, mesmo quando declarei a sua derrota. Depois de ter começado a estudar teologia, como leigo, fui descobrindo coisas novas, que me deixaram profundamente interrogado sobre a minha vida e futuro. Parei os estudos e fui durante um até Moçambique, onde fui conhecer a realidade missionária, pelas mãos dos Leigos Boa Nova um grupo da Sociedade Missionária da Boa Nova. Este foi um ano cheio de desafios, onde me deparei com uma Igreja tão diferente daquela que eu conhecia. Foi um dos melhores anos da minha vida, que não cabe aqui falar, mas que foi decisivo na minha caminhada vocacional.
De volta á casa paterna, retornei à teologia e á vida profissional ainda na área do teatro. Neste regresso tornei a esquecer as minhas interrogações vocacionais, até porque tudo parecia encaminhar-se definitivamente para a vocação matrimonial, o que me deixava feliz e tranquilo.
Mas o Senhor, que jamais se deu por vencido, desperta de novo no meu coração a interrogação sacerdotal. Foram semanas de angústia, aquelas que precederam a ruptura de uma ligação, e o início do caminho que me fez chegar aqui.
Após a decisão tomada, com a ajuda do meu pároco (na altura já residia na paróquia do Montijo) fui discernindo a vocação, trabalhando por esta altura mais empenhadamente nas comunidades da Atalaia e Afonsoeiro. Nos encontros semanais do seminário, a decisão foi ganhando contornos, definições e por fim já era uma certeza.
Entrei no Seminário acompanhado de 5 companheiros. Todos nós tivemos percursos diferentes de estudos, o que provocou que durante a nossa formação nos desencontrássemos no nosso percurso. Dois de nós são hoje já sacerdotes, um de nós decidiu sair, um preparar-se para receber o ministério de Leitor e o Carlos e eu o Diaconado. Dou graças a Deus por este tempo e por cada um deles, que me proporcionaram grandes momentos de alegria. Foi aí, que no confronto da vida comunitária, fui provando a minha vocação, e nos diálogos aparentemente solitários, fui com o senhor chegando a certezas cada vez mais firmes.
A dias da minha ordenação diaconal, muitos foram aqueles que me foram dando os parabéns. Entre obrigados, dei sempre graças a Deus por todos aqueles que me ajudaram a chegar aqui. Não dizendo nomes, porque não é espaço nem tempo para isso, sei que nos vossos corações este meu agradecimento vai ecoar, e no meu, este sentimento vai perpetuar-se, até que, um dia, o Pai vos retribua tudo o que fizestes por mim.
Junto aos pés de Santa Maria, quer do Bom Sucesso, comunidade que me viu nascer, ou da Atalaia que me viu crescer, entrego-me à vossa oração, para que Jesus me conceda o dom da santidade.
Pedi para nós, bem como para todos os diáconos e sacerdotes o dom da santidade.

Casimiro Henriques
27.Dezembro.2007
Festa de S. João, Evangelista

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Obrigado.

Só o silêncio, pode dizer tudo aquilo que as palavas, em certos momentos, não podem conter. e porque alguém disse que uma imagem vale por mil palavras, deixo-vos duas imagens, que, talvez, valham por duas mil palavras.

Obrigado pela vossa presença, e pela vossa oração.