terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Maria...e o Mistério do seu SIM

Eu e o meu amigo pe Mario sonhamos em fazer um musical sobre Nossa Senhora.
Até lá...
"Anuncio-vos uma grande alegria...
Hoje em Belém da Judeia,
Nasceu o Messias.
Por isso é NATAL..."
Santo Natal,
Na alegria de Jesus Encarnado.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

a sociedade da (des) informação; do ocidente ou da ignorancia...

Por estes dias tivemos a graça de festejar a Conceição imaculada de Nossa Senhora. E em Portugal, quis a História e por benesse real, que seja feriado nesse dia. Mas como dia Santo que é, todo o Católico tem a obrigação grave de ir celebrar com a sua comunidade este dia.
E eu lá estive de pedra e cal na paróquia, mesmo sendo a uma segunda feira que hipoteticamente deveria ser o meu dia de descanso… e como de costume ai pelas 16h30 fui tomar o meu café, antes da missa das 18h. E contava-se no café “ai sobe-me mesmo bem este dia em casa… a propósito este dia é do quê?”
Fica-se em casa, de dia de descanso, mas não se sabe “do que é”!!!!!!!!!!
E depois ficamos admirados dos miúdos de hoje não saberem a tabuada?????????
Mas afinal, se somos um pais laico, o governo que tirou os crucifixos da escola não devia trabalhar neste dia??? E no dia de Natal, que nem é feriado?? E já agora: alguém já se lembrou de perguntar o que se celebra no Natal? Será a festa da família, do peru, ou daquele boneco estúpido que trepa varandas ou chaminés e agora já nem entrega prendas porque há lojas que fazem promoções melhores?
Resumindo: esta é a sociedade da informação?
Não será antes a sociedade da crassa ignorância; a sociedade das celebrações sem sentido, que faz festa e fica de descanso em casa, mas sem se saber a razão de tal facto!!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

aprender a ser ignorante

Ando a escrever um texto que será publicado no aniversário do Seminário de São Paulo, e ando com esta expressão ás voltas na minha cabeça: "aprender a ser ignorante".
Acho que é isto que resume estes dois meses na paróquia como pároco. E isto aprendi naquilo que a maioria das pessoas acha que é a maior perda de tempo, os sábados de manhã que passo a confessar... As lágrimas que fui aprendendo a enxugar, as feridos que vou tentando sanar... " o Senhor padre impõe-me as mãos, e fico tão aliviado" ouvi estes dias... e eu fico ali jogado na minha ignorancia, porque afinal é Deus que faz, é Ele que diz, é Jesus quem cura, é o Espirito que conforta...

Senhor afinal para que precisas Tu de mim... acho que começo a perceber a voz dos santos padres "é na confissão que se aprende a ser padre". Realmente ai, estou a aprender que nada sei de nada: na escola da confissão, ando a aprender a ser ignorante!

Imagem: REMBRANDT: Regresso filho pródigo, água-forte, Nova York, Pierpont Morgan Library

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Abra-se o Céu: e chova-nos o Justo

Em cada Natal é impossível não me lembrar do "longínquo" Nascimento do Senhor do ano 2000. Nesse ano andava eu pelas terras de Moçambique, e dei por mim a sentir falta do frio de natal, imagine-se! Mas o Natal africano não tem nada de frio, pelo contrário, é muito quente.
O que não senti falta, foi das correrias comerciais europeias, e até dei graças a Deus, não ter que passar pelo “sufoco dos presentes”. Na verdade, sempre tinha detestado ter de comprar “para oferecer, porque senão parece mal”.
Nesse natal descobri, que afinal eu não comprava nada para Aquele que fazia anos: Nosso Senhor Jesus Cristo, e que afinal a Ele nunca lhe tinha parecido mal eu me ter esquecido d’Ele 23 anos seguidos. Nunca se importou com a minha indiferença e nasceu para mim, ano após ano!
Foi preciso ir a África para descobrir o que era o Natal!
Quando voltei um ano depois, continuei a ignorar as prendas de Natal, acho que de facto a algumas pessoas lhe pareceu mal darem-me presentes e eu retribuir com um cartão. Mas nesse cartão escrevi e ainda esboço um desejo que brota do mais íntimo do meu coração:
“Que neste Natal, deixes Jesus nascer nas palhinhas do teu coração, e assim em ti, Ele encontre o abrigo, que em cada Natal muitos lhe recusam”.
Santo Advento,
Na alegria deste Menino que nasce, de novo, para nós.