quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Via de prata: 2011: o caminho

Foi este desejo que nos levou a fazer mais um caminho!
Não foi mais um, mas o caminho...
Desta feita, caminho de prata, desde Verin até Santiago...
170km, de maravilhas...
Por vezes o caminho nem sempre era evidente... mas o desejo de continuar dissipava as duvidas!
Obrigado aos amigos, companheiros de caminho... e á vara, que as vezes me levou...empurrou...suportou...
Só Deus basta... o Belo, é Deus...
 Os companheiros de jornada, João, José, Pedro...
 as parvoeiras...
 As belas uvas, que nos visitavam...e que provavamos...
 O albergue, que era anunciado e acolhido com alegria: fruto das dores?
Por fim santiago, que nos acolheu com esta luz, obra de Deus que sempre visita o seu Povo!
Para o ano há mais!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

de volta...

De volta!!
Na polónia visitei as minas de sal, patrimonio da humanidade, e que me deixou profundamente comovido! Na nossa peregrinação alguém cantou esta canção, que partilho convosco! obrigado xana.
Já agora, a polónia vale muito a pena!!

Polónia

Tive a graça de em Julho passado conhecer esse lindissimo pais que é a Polónia!
Não dá para descrever tudo o que se viu, sentiu, viveu numa viagem, que mais do que isso foi uma verdadeira peregrinação espiritual e na história.
É óbvio, e outra coisa não se esperava, que vi Auschwitz-Birkenau, que de facto provocaram em mim arrepios... alguém dizia no campo "não são meus os passos que oiço, mas os das crianças que aqui morreram"... enquanto chovia aquelas palavras entranharam-se nos meus ouvidos, no meu coração e na minha alma... Deus chorava, por mim e em mim...
Ainda oiço aquelas pedras de Auschwitz a rolarem debaixo dos meus pés...

No meio dos aspecto desolador, daqueles dois campos construidos pelo homem, achei espantoso a mão de Deus que à sua volta criou uma paisagem luxuriante! Só tenho pena, e é o que me espanta sempre, que o homem prefira sempre as suas armas e construções degradantes às lindissimas obras do Criador.
Parvos para ver, ignorantes para entender, burros para aprender, estupidos para acreditar! Pobre criatura esta, que governa o mundo, mas que Deus ama acima de tudo!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

sinal de trânsito eclesiástico

há alguém que me consiga um destes só para mim?
e já agora um de parque privativo...
"brigado"

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Casamento aos 90 anos...

Hoje vivi um dos momentos mais interessantes da minha vida sacerdotal, e não posso deixar de o partilhar convosco!

Estive a celebrar o casamento de um par de noivos de 90 anos...

Ali presentes, filhos, netos, bisnetos... assistiram... choraram... bateram palmas...
e também lá estavam os visitadores de doentes que descobriram este par, que acalentava um velho sonho: casar!

Eu ali no meio sentia-me como uma peça de um xadrez nada usual...

No final, tudo como no casamento dos mais novos:
o beijo,
o champanhe,
o bolo...

Senti-me confirmado na minha vida sacerdotal e quando em lágrimas de deram um sorriso de obrigado, pelo que fizera por eles e por realizar e concretizar o sonho de uma vida, disse que tinha feito o meu dever... recebi mais, muito mais, do que dei ou fiz...

E quase no fim do dia... a oração tem de novo:
obrigado meu Deus, por mais este presente!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

corrida especial

Um dia o nosso mundo será todo assim...
até lá continuo com um problema...
mandamos todos uns aos outros estas coisas muito lindas...
mas vivê-las...

Havemos de conseguir!



Para os amigos que se queixam da minha ausência:
eu estou bem, apenas com imenso trabalho!
bem sabem que detesto fazer as coisas, apenas por fazer... por isso dedico-me por inteiro. Corroios, para além disto é exigente e dá luta... eu cá estou nesta luta. Não me esqueço de nenhum de vós...

Já agora podem perturbar-me,
eu quero deixar-me perturbar e einquietar pelos amigos :))

MERCEDES SOSA - MARRON

Talvez uma das letras mais bonitas da musica universal...
uma artista que já não vive aqui... mas a música e a letra são eternas... e infelizmente actuais...



Marrón,marrón
por las cales de la villa
(por las cales de la villa)
se me astilla mi canción,
dos niños se pelean
por un rayo de sol.
Miseria, está muy fea,
miseria: qué pasó?
Nos dejes que te vea
tu espejo de cartón.

Marrón,marrón,
la luna de tua noche
fue luna de algodón,
duraba triste el frio
ganándole al carbon.
tapado de rocío,
perfecto dormilón,
soñaba algún baldio
su sueño de latón.
(soñaba algún baldio
su sueño de latón)

Canillita, se marchita
la niñez y la alegria,
lave ropa noche y dia,
lustre, lustre biem marrón.
Monedero sin dinero
no se asuste del ladrón.
Por las calles de la villa
se me astilla mi canción.
(Por las calles de la villa
se me astilla mi canción)

Marrón,marrón,
prestame una sonrisa,
te cambio una ilusión,
de dónde saco flores
si no hay ningún balcón?
(de dónde saco flores
si no hay ningún balcón?)
Si sobran los dolores,
si falta la razón.
De dónde saco flores
si nadie las plantó?

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Dr. Marinho e Pinto: abertura ano judicial 2011

A verdade de um pais, cujos governantes vivem na opulência da ladroagem desenvergonhada, e de um povo que aparvalhado... acha que vive bem!
Será que não se merecem, uns e outros??

A verdade é sempre verdade.
Obrigado Dr Marinho, porque é preciso fazer doer para curar, mas temo que este pais já esteja em fase de gangrena!!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

ligado e/ou desligado

Na era da tecnologia e da globalização,
afinal "descobrimos" que também se morre de solidão!
Deixamos de saber viver
porque nos agarramos a outros diálogos,
que nos levam sempre para longe dali!
No fim descobrimos que afinal nunca falamos/dialogamos/conversamos,
Porque estivemos sempre a falar com outro alguém!



temos de desobrir que os telemóveis e afins também têm um botão off
para clicarmos no on do amor, da amizade, do diálogo

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

"Sou parva" (o)

Pelo menos, por falta de nomenclatura, esta geração não se pode queixar!
De "rasca" passamos a "parva"... eu até concordo com tudo o que os "deolinda" dizem, o que continuo a pensar é que esta geração fala muito e faz pouco, aliás como a anterior!
mas... fica o protesto... mais um, ou será este diferente?



Sou da geração sem remuneração
E não me incomoda esta condição
Que parva que eu sou
Porque isto está mal e vai continuar
Já é uma sorte eu poder estagiar
Que parva que eu sou
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar

Sou da geração "casinha dos pais"
Se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
E ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar

Sou da geração "vou queixar-me pra quê?"
Há alguém bem pior do que eu na TV
Que parva que eu sou
Sou da geração "eu já não posso mais!"
Que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Et incarnatus est

SANTO NATAL.
UM ANO CHEIO DE BENÇÃOS.
nas palavras do meu amigo, José...
…sem boca nem nariz, mulher, e mãe, se eu soubesse descrever o teu rosto, imaginar o que se esconde por detrás dele, rosado, bonito, mutilado pelo tempo e pela violência do mundo… Os teus olhos, mulher, e mãe, olham para longe, duas faces, não em contradição, talvez falem dos caminhos que se bifurcam…

O Emma Mersk, o maior porta-contendores do mundo zarpou de um porto qualquer da china, sabe-se lá quando, vem descarregar em Inglaterra todas as novidades necessárias para o natal europeu: luzes, bolas coloridas, laços, fitas, pinheiros artificiais, neve de esferovite, pais natal, dinossauros eléctricos, gorilas dançarinos, desfrisadores de cabelo, comida para gato, toneladas de mexilhão, toneladas de tudo, na última página do jornal. O Emma Maersk só não pode trazer figos secos como os da minha mãe. Nem aquele menino!

Corto um tronco de salgueiro e talho nele, com o canivete a mãe, o pai e o menino. Coloco os três perto da lareira. E junto do menino um nariz de palhaço. O nariz de palhaço pode ser o nariz de Deus. Nossa Senhora da Graça guarda no bolso do avental outro nariz de palhaço. O menino ao colo de Nossa Senhora da Graça ri-se por causa daquele nariz de palhaço, Deus escondido no bolso do avental da mãe. Um pirilampo mágico cor de vinho espera na minha estante com livros que lhe cresçam asas esta noite; se assim for voará pela trapeira aberta e será a estrela de Belém de nosso senhor.

…rosto rosado, enrugado, tão bonito, marcado pelo tempo, e mãe do tal menino!